15/11/2007

Behind Blue Eyes

No one knows what it's like
To be the bad man
To be the sad man
Behind blue eyes
And no one knows
What it's like to be hated
To be fated to telling only lies

But my dreams they aren't as empty
As my conscience seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance
That's never free

No one knows what its like
To feel these feelings
Like i do, and i blame you!
No one bites back as hard
On their anger
None of my pain and woe
Can show through

No one knows what its like
To be mistreated, to be defeated
Behind blue eyes
No one knows how to say
That they're sorry and don't worry
I'm not telling lies

No one knows what its like
To be the bad man, to be the sad man
Behind blue eyes.

Blue Moon

Blue moon,
You saw me standing alone,
Without a dream in my heart,
Without a love of my own.

Blue moon,
You knew just what I was there for,
You heard me saying a pray for,
Someone I really could care for.

Blue moon,
You saw me standing alone,
Without a dream in my heart,
Without a love of my own.

Blue moon ...
Without a love of my own.

02/11/2007

Espera e verás...

"Tudo acontece por uma razão, mesmo que não seja óbvia". Frase repetida para mim vezes sem conta. "Destino" ou qualquer outro rótulo que lhe queiramos atribuir, não importa. Se acreditarmos nela saberemos aproveitar o que de bom surgiu no fim da tempestade. Sinto que mudei, mesmo antes do terrível burburinho que se gerou na minha cabeça após tão cruel traição... aos princípios mais nobres defendidos pelo meu ser. Pego agora nos pedaços de mim recém-criados e tento organizá-los harmoniosamente. Questiono-me sobre qual será o resultado final. Não sei. Olho para o espelho, e o brilho nos olhos que vejo não é o mesmo que outrora se mostrava a mim todas as manhãs. -Quem és?- pergunto. E tudo o que obtenho é um sorriso repleto de secretismo como que a dizer: -Espera e verás.

01/11/2007

Amigos, sejam felizes

Quando estamos em baixo, tristes, desanimados com os pontapés que a vida nos dá, o que devemos procurar para amenizar a dor? Eu descobri algo capaz de o fazer.
Não sou o único com problemas na vida, obviamente. Quando um amigo nosso, que sabíamos estar também com problemas, nos liga a contar que esses problemas se estão a resolver, como reagimos? Torcemos o nariz e não partilhamos com ele essa felicidade? Se tivermos vontade que esse amigo não recupere só para não sermos os únicos na merda poderemos chamá-lo de amigo? Obviamente que não. Por cada momento de alegria que sinto nos meus amigos é menos um momento de infelicidade que vivo na minha vida. Sentimos quem realmente é importante para nós quando, independentemente dos nossos problemas, sentimos necessidade de nos alegrarmos com a felicidade dessa pessoa. Até podemos dizer que ficamos felizes por eles... mas se realmente o não sentirmos...
Por isso, nos últimos dias me tenho sentido menos mal. Sinto que duas pessoas muito importantes para mim foram suficientemente maduras para dar a volta a um situação complicada. Confesso que pensei que não haveria volta. Mas quando duas pessoas se amam realmente... tudo é possível e a prova aí está. Amigos, sejam MUITO felizes, vocês merecem.

30/10/2007

Reencontro... sem glória

Senti que estava na hora. A dor estava ultrapassada e senti que era hora de arriscar de novo. O meu inconsciente dizia-me para ter cuidado, podia magoar-me outra vez. Mesmo assim parti para a aventura mas prometi a mim mesmo que não arriscaria demais. À hora combinada cheguei e lá estava. Os meus olhos brilharam como duas estrelas polares ao olhar para ela... Há quanto tempo... Não via a hora de viver este momento. Não podia arriscar, tinha prometido a mim mesmo. Fui com calma. Foi-me dito "Não podes ter medo, o que passaste foi duro mas não te podes esconder". Era o que eu queria ouvir. Mesmo assim lembrei-me das asneiras do passado e não lhe fiz a vontade. Preparei-me, qual guerreiro Samurai antes de ir para a batalha. O momento pedia-o, mesmo que o encontro fosse breve e sem arriscar. Ela merecia. Eis então que ela se precipita na minha direcção. Não tive tempo de reagir, não podia negar a mim mesmo tal prazer. Peguei nela e olhei-a profundamente. "Tanto tempo já passou... magoaste-me no passado, será que me vais magoar de novo?"- pensei para comigo. Dei asas à minha alegria qual criança com o seu brinquedo favorito. Mas voltou a pairar sobre mim a dúvida. Não te quero odiar. Se me magoar de novo por tua causa é o que vai acontecer. Dei então um passo atrás e fui com calma. O trauma era recente. Mantive-a à distância mas sem nunca tirar os olhos dela. Mas nem esta distância impediu que me magoasse de novo... resta saber a extensão dos danos. Será que te vou odiar para sempre?... A culpa não foi tua, foi minha... Terei que lidar com as consequências.

27/10/2007

Novo capítulo

Passo a passo, caminho para um novo capítulo na minha história. Esta fase tem duas faces, uma de sofrimento e outra de reencontro comigo e construção de um novo eu. Não preciso de desculpas para acalmar o meu sofrimento. Não preciso de culpabilizar outros pelos meus erros para me sentir menos mal. Destapei orgulhosamente características da minha personalidade que ficaram escondidas sob um manto. Características que admiro nos outros e que me orgulho de possuir. Houve capítulos da minha história em que essas características não se fizeram sentir e, mesmo assim, houve quem me aceitasse e gostasse de mim. Pedi aos meus amigos que me definissem... queria saber o que pensavam de mim, e fiquei pasmado! Atribuíram-me qualidades que eu não tinha consciência de conseguir mostrar. Apontaram-me defeitos que eu sabia que tinha e tenho e outros que não sabia. Mas também percebi quão longe estão de me conhecer realmente. Tive consciência do manto que me esconde, o manto que quero retirar de cima de mim e mostrar quem realmente sou. Se não for capaz de o fazer não estarei a ser correcto para com os que gostam de mim. Sinto as minhas forças a crescer de dia para dia. Cada vez olho menos para trás. Então para quê encarar o futuro com pessimismo se o novo capítulo deste meu livro promete mais e melhor? Para quê reparar só na parte negra do passado quando tenho na minha frente um "amanhã" que se prevê belo? Quem quero ser? Como quero ser? Se me continuar a rever nos meus erros do passado não conseguirei expulsar a sombra de dúvida que me cobre. Prefiro acreditar que um dia acordarei e, quando olhar para trás, só verei o que de bom aconteceu, porque todos podemos desculpar mas só alguns conseguem perdoar, e eu quero conseguir perdoar. Quero seguir em frente, premiar os meus amigos com alguém melhor, premiar-me a mim com um futuro melhor junto daqueles que realmente merecem. Peço desculpa aos que entraram e saíram da minha vida sem realmente me conhecerem. Acredito que por cada porta que se fecha atrás de nós outra se abre à nossa frente. Não abrirei portas fechadas atrás de mim. Quem fechou uma porta jamais regressará por ela, se o fizer, será por uma porta nova.

Páginas de um livro

Acordo do turpor da leitura. Esfrego os olhos sem ter noção do tempo nem do lugar. Onde estou? Há quanto tempo estou aqui? Dou-me então conta que saí da minha letargia literária porque mais um capítulo acabou. Foi longo. Começou de forma bela e delicada e absorveu-me por completo. Pelo meio, uma história dramática escrita a sangue num sem fim de páginas. História que me marcou a ferro e fogo mas incapaz de me roubar uma lágrima... doeu demais para poder chorar. Continuei a minha leitura tentando que estas páginas não me afectassem, afinal a história continuava. Na minha cabeça pairavam as frases dolorosas que construíram páginas negras neste livro... Qualquer bom escritor deveria ter terminado o capítulo aí. Uma pausa para assimilar a tenebrosidade daquela passagem seria bem recebida. Mas não terminou e eu não consegui parar de ler, queria saber como acabava. Havia outros motivos de interesse neste capítulo. Foram eles que me mantiveram agarrado ao livro... Continuei então, tentando abstrair-me e saboreando páginas mais doces desta história. "Deveria ter feito uma pausa" continua a minha mente a murmurar. Deixei-me levar pela leitura, num resto de capítulo que começava a ser monótono, mesmo nas partes mais belas. Virei mais uma página e senti nas palavras escritas um tom de suspense. O que iria acontecer? Desconfiei que me iria deparar com algo de bom ao virar da página. Num capítulo estranho, que eu não conseguía parar de ler, poderia ser o golpe de teatro que precisava para que a minha leitura voltasse a ser interessante. Acreditei nisso e segui... mas ao virar da página... o capítulo acabou. Agora que as páginas negras deixavam de pairar na minha cabeça, em que podia saborear a doce leitura de uma história de amor, tudo acabou e nem dei conta. Voltei momentaneamente à página anterior, teria saltado alguma página? Apercebi-me que não, o capítulo acabava mesmo... e acordei do turpor da leitura, porque mais um capítulo tinha acabado. Foi duro demais, preciso de me preparar para o capítulo seguinte. Infelizmente este livro não pode ser colocado na prateleira até termos coragem de pegar nele de novo e continuar a ler; o próximo capítulo já começou. Resta saber quais as histórias que terminaram e quais continuam neste novo capítulo do livro que é a minha vida.

26/10/2007

Fidelidade

Sinto que os meus amigos me tentam pôr travões. Sei que querem evitar que eu magoe alguém , mas, no fundo, também me tentam proteger de mim próprio. Mas entendam: tenho o meu orgulho, a minha auto-estima... tenho que me defender! Não posso deixar que me coloquem sal nas feridas e se fiquem a rir. Nunca permitiria que fizessem isso a um amigo ... porque hei-de deixar que mo façam a mim?! Quem me defende se não eu?! Há situações que já não me magoam como magoavam, mas se forem proporcionadas com intenção de magoar ferem-me o orgulho. Tentar manter a cabeça erguida qual vencedor moral de uma batalha de nervos só vai deixar impune quem não tem o mínimo remorso das asneiras que faz. Deverei eu invocar o que de bom aconteceu no passado como atenuante para não magoar? Porque é que quem me magoou não pensou nisso também quando decidiu magoar-me? Estou na corda bamba de uma decisão... se me abanarem muito posso cair para o lado errado... e aí as coisas ficam muito feias. Desculpem amigos, entendo a vossa situação delicada e sei que as minhas decisões também vos afectam, mas aprendi que se eu não for fiel a mim mesmo não posso exigir aos outros que o sejam.

25/10/2007

Acalmia

A dureza de sentimentos que me tem caracterizado nos últimos tempos começa a suavizar. Não por falta de forças para lutar mas por não fazer sentido lutar... contra mim. Admito a heresia anti-científica mas... acredito que tudo na vida acontece por uma razão, embora nem sempre saibamos qual. Admito que equacionei tomar certas atitudes por puro desejo de vingança. Não posso dizer, agora, se algum dia as tomarei... Sei que, se o fizer, não será por vingança mas por justiça e na necessidade de repôr a verdade.

24/10/2007

"Everybody's Fool"

perfect by nature
icons of self indulgence
just what we all need
more lies about a world that

never was and never will be
have you no shame don't you see me
you know you've got everybody fooled

look here she comes now
bow down and stare in wonder
oh how we love you
no flaws when you're pretending
but now i know she

never was and never will be
you don't know how you've betrayed me
and somehow you've got everybody fooled

without the mask where will you hide
can't find yourself lost in your lie

i know the truth now
i know who you are
and i don't love you anymore

it never was and never will be
you don't know how you've betrayed me
and somehow you've got everybody fooled

it never was and never will be
you're not real and you can't save me
somehow now you're everybody's fool
Evanescence

23/10/2007

Sentimentos clonados...

"Não vou dizer que preciso de você, porque infelizmente, não posso precisar. Não vou dizer que gosto de você, porque você não merece meu amor. Não vou dizer que não sofri, porque ao contrário de você, não tenho medo de ser feliz. Não vou dizer que o mundo é cruel, porque eu tenho certeza que para você ele será pior. Não vou dizer que achei normal, porque para mim sinceridade é fundamental. Não vou dizer que não chorei, embora você não mereça. Não vou dizer que sinto saudade, sentir saudade do que nunca foi meu, de fato, seria patético. Não vou dizer que te odeio, mas com você minha consideração não existe mais. Não vou dizer que não estou triste, mas a decepção é ainda maior. Não vou dizer que é fácil escrever isso, mas te esquecer é mais difícil. Não vou dizer mais nada, quem não merece minha consideração nunca merecerá meus sentimentos e tampouco minhas palavras."


Palavras de Victor Jabor mas... tão minhas!

Com o tempo...

"Com o tempo...
Você aprende que estar com alguém só porque esse alguém lhe oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde você irá querer voltar ao passado...

Com o tempo...
Você se dará conta que casar só porque “está sozinho(a)”, é uma clara advertência de que o seu matrimônio será um fracasso...

Com o tempo...
Você compreende que só quem é capaz de lhe amar com os seus defeitos, sem pretender mudar-lhe, é que pode lhe dar toda a felicidade que deseja...

Com o tempo...
Você se dará conta de que se você está ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho(a), com certeza uma hora você vai desejar não voltar a vê-la...

Com o tempo...
Você se dará conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro...

Com o tempo...
Você entende que os verdadeiros amigos se contam nos dedos, e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado
unicamente de amizades falsas...

Com o tempo...
Você aprende que as palavras ditas num momento de raiva, podem continuar a magoar a quem você disse, durante toda a vida...

Com o tempo...
Você aprende que desculpar todos o fazem, mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...

Com o tempo...
Você compreende que se você feriu muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...

Com o tempo...
Você se dá conta de que cada experiência vivida com cada pessoa, é irrepetível...

Com o tempo...
Você se dá conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano,
mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos,
só que multiplicados...

Com o tempo...
Você aprende a construir todos os seus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos...

Com o tempo...
Você compreende que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como você esperava...

Com o tempo...
Você se dará conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro,
mas sim o momento que estava vivendo naquele instante...

Com o tempo...
Você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama, dizer que sente falta, dizer que precisa, dizer que quer ser amigo... ...junto de um caixão... ...deixa de fazer sentido...

Por isso, recorde sempre estas palavras:
O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde.
Exactamente quando:
JÁ NÃO HÁ TEMPO!"


Autor desconhecido

Bons Amigos

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direcção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"


Machado de Assis

22/10/2007

Navegador abandonado

Estou aqui, deitado no chão lamacento da margem de um rio que outrora naveguei. Estou ferido e cansado. Fui atirado borda fora de um barco que ajudei a construir com suor. Levanto a cabeça com esforço e vejo ao longe esse barco. Enquanto eu me esvaio em sangue, lutando por manter dentro de mim o sopro da vida, o barco navega nas águas conturbadas de um rio traiçoeiro. Quem se manteve no barco faz navegação à vista... era eu quem conhecia o caminho! Num rio difícil de navegar quem decidiu colocar-me de fora e insistiu em continuar a navegá-lo ignora o abismo para onde se encaminha... Deverei acenar? Deverei avisar e ensinar o caminho? Ou deverei deixar que o barco siga o seu rumo e assistir, sentado na minha margem lamacenta, à queda do barco que foi um sonho, também meu, de onde alguém me expulsou? Uma coisa sei... o barco já não é meu... salve-se quem puder.

Cinzas...

Almas sofrendo
Crepitam ardendo
Num vale tão medonho
O rebentar de um sonho
E ao longe o vento
Murmura a chorar
Que o Sol está a morrer
Que a chama está-se a apagar

O rasgar de um silêncio
Um murmúrio de dor
A solidão, o medo
O arrastar de um temor
Fio de uma lágrima
Que corre para o mar
Deixando nas rochas
O brilho de um olhar

(TMUC)

21/10/2007

Quem sofre?

No meio desta história toda quem sofre? Não falo de mim nem da revolta que me assola, mas das pessoas que me rodeiam. A partilha de uma vida durante muito tempo faz com que se criem coisas em comum. Quando essa partilha acaba o que acontece ao que era comum? Divide-se? Atira-se para o lixo? Ou tenta-se que permaneçam em comum? Seria fácil se falássemos de algo material, mas é diferente quando falamos de pessoas, de amigos. São eles que nos amparam nos momentos maus e se alegram connosco nos bons. Numa situação como esta sofrem porque não é fácil amparar um amigo sem sentirem que traem o outro. Não queria estar na pele deles... Se algo me faz querer permanecer fiel aos meus princípios são eles. Se um amigo meu difamar outro amigo meu vou ficar magoado com o primeiro, por isso aceito que haja pessoas magoadas comigo. Mas não consigo ser racional o suficiente para evitar que a minha dor fale mais alto. Eles ouvem e sofrem pois não podem apoiar-me incondicionalmente... eu também não o faria. Mas se não desabafar com eles desabafo com quem? Será que serão capazes de me dar o desconto e perceber que grande parte do que digo vem da raiva e mágoa que me preenchem? Confio que sim. Mas e se, para além das palavras duras e agrestes eu passasse aos actos? Será que eles aceitariam uma mudança radical de carácter num amigo? Não estaria eu a traí-los? Como reagiriam perante a decepção? Prejudicar um amigo do meu amigo mesmo que não me diga nada poderá ser uma traição à nossa amizade? Estas questões pairam na minha cabeça dia e noite e não se calam. Por um lado o desejo de justiça (ou vingança?!) que, não sendo solução, iriam acalmar, ainda que momentaneamente, a minha dor. Por outro, a ideia abominável de trair a confiança de um amigo. Faça o que fizer... saio a perder! Desaparecer do mapa seria mais fácil, mas covardia também não faz parte dos meus princípios.
Um dia a minha dor vai acalmar e, ao olhar para trás verei as consequências dos meus actos, e terei de viver com elas. A única coisa que tenho medo é de reparar que magoei as pessoas que gostam de mim...

Desistir de ser quem sou?

Sinto-me a desistir. A vontade de fazer valer a velha máxima do "olho por olho, dente por dente" começa a tomar conta do meu ser. Começo a sentir uma vontade enorme de ver as pessoas pagar pelas asneiras que fazem como se a palavra "perdão" tivesse sido banida do dicionário. Por natureza não sou assim. Mas foi esta teimosia em manter princípios que bebi desde a infância que me trouxe até aqui. Tivesse eu conseguido ser um pouco mais egoísta e saberia lidar com isto. Mas não suporto sofrer algo que nunca faria aos outros. E começo a perceber que a vida é uma selva onde só sobrevive quem é forte e frio. Não há lugar para mim aqui. Ou desisto de viver ou torno-me como os outros... Mostrem-me que o Mundo não é assim e desisto de mudar. Caso contrário irei transformar-me em algo que sempre abominei, mesmo sabendo que isso me tornará uma pessoa infeliz e revoltada com o mundo. Como é que alguém consegue repousar sabendo que fez alguém infeliz? Eu não consigo... ainda!

20/10/2007

Passo a passo...

O que sinto? Não sei... ou talvez me custe admitir. Deixaste pegadas profundas em mim, marcas de passos dados lado a lado numa sintonia que parecia perfeita. Essas pegadas são agora difíceis de reconhecer entre outras pegadas, essas errantes e destruidoras. Podias ter deixado de caminhar a meu lado sem destruir o que havia sido construído. Mas preferiste passar por cima delas qual criança que descobre que já pode caminhar sozinha, sem ajuda, e que na ânsia de explorar o mundo dá passos sem rumo não olhando ao que encontra pelo caminho...

Quem foste?... Quem és?

Foste raio de Sol, motor de alegria numa manhã cinzenta, premissa de um dia de Sol. Dia quente e confortável prolongado no tempo. Sintoma natural da natureza cíclica do dia, o Sol deixava de brilhar aqui e ali no tempo, mas sabia sempre que outro dia nasceria, e tu, raio de Sol, lá estarias para me alegrar. Deste-me esperança de uma Primavera eterna... e eu acreditei. Mesmo quando brilhavas mais fraco, acreditei. Mas, sem aviso, transformaste-te em nuvem escura, qual premonição de uma noite tenebrosa. Seria uma nuvem passageira, daquelas que, de tempos em tempos, teimam em cruzar o céu e privar-nos do nosso raio de Sol? Não. Era o anunciar de uma tempestade. O meu raio de Sol tinha-me abandonado, deixando-me à mercê de ventos e aguaceiros. Porquê, raio de Sol? Porquê assim?

19/10/2007

Ainda serei capaz?


Para onde foi a minha vontade de criar coisas como esta... não o faço há tanto tempo que me questiono se ainda serei capaz... Um dia destes voltarei a criar.

Piano

Furacão...


Quando estamos no caminho de um furacão temos tendência para admirar a beleza das forças da Natureza. Mas devemos ter sempre presente o perigo que corremos e tentar abrigar-nos. Se ficarmos impávidos e serenos a admirar o que está perante nós podemos ser apanhados. Eu fui sugado pela tempestade, abanado, bati, magoei-me sem saber bem o que me estava a acontecer. Mas a tempestade passou rumo a outros destinos. Sentado no chão, sofrendo as minhas dores olho à minha volta e vejo o caos. Um rasto de destruição... não fui o único a ser apanhado. Há mais quem sofra e quem já tenha sofrido pois ele vem de longe... deixando marca. E procurando bem, agora que o Sol começa a espreitar, vemos a dimensão dos estragos e, por entre os escombros procuramos refazer a nossa vida desejando não voltar a sofrer o mesmo. Outros furacões virão, é a lei da vida, mas cabe a nós saber evitar os seus efeitos. Eu tento ainda descobrir a dimensão dos estragos... e apetece-me gritar para quem está no seu caminho:"abriguem-se"... mas ninguém me iria ouvir tal o encantamento provocado por um furacão à distância.

18/10/2007

Marcas de carácter...

Quando uma pessoa passa pela nossa vida deixa marca, seja ela boa ou má. O carácter de uma pessoa vê-se pela forma como marca a vida das outras. Basta olhar para trás para nos conhecermos. Um bom exemplo disto surge quando encontramos velhos conhecidos que já não vemos há muito. Será fácil perceber que encaramos um reencontro com um velho conhecido de acordo com o que significava para nós quando perdemos o contacto. De facto, se repararmos na sua reacção perante o reencontro, vamos perceber de que forma marcámos essa pessoa. Se formos tendo atenção a estes pormenores vamos conseguindo perceber o nosso carácter. Por isso digo: eu consigo ver-me ao espelho... e tu, consegues?

If you give up

If you don't wanna wait
you left me inside out
it's too hard for me
there's no easy way out

You don't know and don't ask how
that i'm gonna make it work again
you don't know and don't ask why
that i'm gonna make it once again

If you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?
and if you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?

Distance from between us
that we can't shake out
it's cristal clear
but it ain't gonna last

You don't know and don't ask why
that i'm trying to make it work
i'm trying to make it work

If you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?
and if you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?

Just look around and see
who you really need
who you really want

If you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?
and if you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?

If you give up now, who's gonna lose?
which one of us, is given up now of being free?

Just look around and see
if you give up you won't be free
you won't be free yeah yeah

13/10/2007

wake up call

I didn't hear what you were saying
I live on raw emotion baby
I answer questions never maybe
And I'm not kind if you betray me
So who the hell are you to say we
Never would have made it babe

If you needed love
Well then ask for love
Could have given love
Now I'm taking love
And it's not my fault
Cause you both deserve
What is coming now
So don't say a word

11/10/2007

Estado de espírito

Estranho estado de espírito aquele com que me deparei hoje de manhã. Basicamente um alívio estranho. Afinal para que quero na minha vida uma moeda falsa? Para nada. Uma moeda com duas caras não serve para nada. Mas o alívio maior resulta do facto de descobrir partes de mim que julgava perdidas para sempre. Neste momento reencontrei-me. Sinto-me feliz. A dois passos da felicidade total. Um dos passos que falta, sem prazo para cumprir, é encontrar aquela pessoa que realmente mereça a entrega total de alguém que não sabe amar de outra forma. O outro... bem, o outro vou guardá-lo para mim. Dar-me-á um prazer especial quando se realizar.

08/10/2007

Renascimento parte II

Sinto que esta fénix que tentou renascer das cinzas nasceu com uma qualquer malformação. Sinto que está a morrer. Precisa de renascer de novo. Desta vez com uma força acrescida e novos objectivos e prioridades. Aprendi uma lição sobre sinceridade e honestidade que me vai acompanhar para o resto da vida. A partir de hoje nem em mim vou confiar cegamente... como o posso fazer se arranjei lenha para me queimar. Ah, já percebi... é isso que as fénix fazem!

07/10/2007

Será que sofro de algo parecido com Síndrome de Estocolmo?

Porque será que só eu é que tento minimizar as culpas de quem me magoa?

Perdão. Qual o limite?

Qual é o limite do perdão? Até onde podemos perdoar. Quão grave tem que ser a ofensa para que já não possamos perdoar? Não sei a resposta mas sinto que não consigo...

05/10/2007

A peça q faltava ao puzzle

E enfim... descobri a peça que faltava ao puzzle. Não que eu não a conhecesse já... mas não a queria ver. Mas eis que ela surge mesmo diante dos meus olhos (literalmente). E o puzzle completa-se.
Então, agora que o puzzle está completo... o que fazer? Bem, isso fica para o futuro (próximo).
Uma coisa é certa, estou à beira da explosão. Sempre fui acusado de ser parado e de não exteriorizar os meus sentimentos. Pois bem, alguém conseguiu mexer comigo ao ponto de eu rebentar. Vem aí resposta...

04/10/2007

Ele há coisas fantásticas não há?...

Acreditam em coincidências? Ou são daqueles que acham que tudo acontece por uma razão que foge ao nosso entendimento? Eu não acredito em bruxas... mas elas existem! Quando as coisas ficam duvidosas devemos dar um certo tempo e espaço para que as ideias vão ao lugar e os objectivos sejam definidos. Nada melhor do que uma mudança de ares, uma espécie de vida nova. O futuro decidirá o que for melhor... Mas por vezes acontecem coisas que não conseguimos entender muito bem. Quando queremos os tão aclamados "espaço" e "tempo" e tentamos que eles surjam... o destino ou uma simples coincidência tratam de impedir que, pelo menos, o "espaço" seja efectivo... O que é que falta acontecer?!?!

01/10/2007

Razão de viver...

Sempre procuramos a verdadeira razão para querermos viver. De entre as muitas possibilidades sinto que há uma que pode fazer a diferença entre aguentar firme e desistir de tudo: os amigos. São quem temos mais perto de nós, mesmo que à distância de centenas ou milhares de quilómetros. Tudo pode parecer estar a desabar sobre as nossas cabeças, mas se olharmos para o lado e sentirmos que eles estão lá... tudo é mais fácil. Sinto que para manter uma relação de namoro ou casamento ou de negócios é preciso lutar todos os dias. Só assim se mantém o interesse e só assim faz sentido. Mas numa amizade verdadeira essa luta diária não é necessária. Isto porque não há interesses de parte a parte. Os amigos são amigos e pronto. Apoiam-se mutuamente quando é necessário e não cobram gratidão ou reconhecimento no fim... apoiam-se naturalmente. Por vezes pensamos que estamos a perder os amigos porque estes não estão tão próximos como era costume. Na verdade estão ocupados a lutar por aquilo que é realmente necessário lutar para manter. E também não parecem mais perto porque não pedimos ajuda. Mas quando precisamos deles e pedimos por socorro... o instinto mais básico que está subjacente a uma amizade vem ao de cima... E eis que eles surgem com tudo o que for preciso para nos apoiar e puxar para cima... e não cobram nada em troca!
Então e... quando entre duas pessoas há uma amizade e, também, uma relação daquelas que é preciso lutar para manter... Como se lida com isso? É difícil separar as coisas mas é possível. Eu descobri isso tarde de mais e da pior forma.

27/09/2007

Mas as surpresas não acabam?

E quando pensamos que tudo está a acalmar (o que não significa obrigatoriamente "melhorar") eis que... PIORA! Mas isto não acaba? Já chega!

26/09/2007

Porquê...

Por vezes chegamos a um ponto em que nos questionamos: porque é que teve que ser assim? Onde é que errei? Mas o simples facto de reconhecer um erro não basta para resolver as coisas. É preciso assumi-lo e resolvê-lo. Mas o problema pode não querer ser resolvido!...

25/09/2007

Oops!!

E começa a cheirar a podre...

Cuidado com o cão... não o pise

Até um cão manso, daqueles que não chateiam ninguém, pode morder se o pisarmos. Refiro-me àqueles cães de trazer por casa que não nos saem de baixo dos pés. Por vezes pisamo-los e eles queixam-se apenas... parece que percebem que não foi por mal. Mas se os tentarmos pisar de propósito... podemos ter surpresas desagradáveis... É que eles não deixam de ter dentes só por serem mansos.

24/09/2007

Pôr do Sol

Após a tempestade

Durante uma tempestade violenta não há tempo para pensar no passado nem sonhar com o futuro. É lutar para sobreviver. Quando a violência acalma olhamos pela janela e, lá fora, observamos a destruição. Esperamos que a tempestade passe de vez e começamos a fazer contas aos prejuízos. Por vezes temos força para reconstruir o que foi destruído, tendo o cuidado de reforçar o que é mais frágil. Saberemos o que devemos proteger de futuras tempestades. Mas, por vezes a destruição é tão grande que não dá por onde aproveitar nada do que existia. Resta partir para outro lugar, construir tudo de raiz... e esperar que o nosso novo lar seja menos propenso a tempestades. Sinto-me naquela fase em que ainda estou a olhar pela janela. Olho para a rua e tento perceber a dimensão dos estragos. Uns raios de sol acenam-me do céu como que a dar esperança e a pedir que saia. Mas são muito tímidos e não dão segurança. Não posso ser surpreendido outra vez... há que esperar.

21/09/2007

Easier to run

It's easier to run
Replacing this pain with something numb

It's so much easier to go

Than face all this pain here all alone

Something has been taken from deep inside of me

The secret I've kept locked away no one can ever see

Wounds so deep they never show they never go away

Like moving pictures in my head for years and years they've played

If I could change I would take back the pain I would

Retrace every wrong move that I made I would

If I could stand up and take the blame I would

If I could take all the shame to the grave I would
Sometimes I remember the darkness of my past
Bringing back these memories I wish I didn't have

Sometimes I think of letting go and never looking back

And never moving forward so there'd never be a past

Pontos de vista

Quando calcamos com o dedo na cara dói
Quando calcamos com o dedo num braço dói
Quando calcamos com o dedo na perna dói
Quando calcamos com o dedo num pé dói...
O que devemos fazer para evitar a dor?
Tratar o dedo, provavelmente está partido...

A relação filosófica entre uma conversa e um par de cuecas

É verdade, descobri que falar faz bem. Os pontos de vista dos que nos rodeiam fazem-nos pensar e conseguimos ver as coisas mais claras. Não vou negar... fiz asneiras! Mas começo a achar que não estou sozinho neste barco. Há pessoas que são extremamente possessivas em relação a quem gostam. Sim, eu sei, fui avisado...
Isso normalmente dá atrito, o que é bom, porque as pessoas percebem o que se passa e resolvem (ou não!!) os seus problemas. Mas... e quando encontram alguém patologicamente desesperado por conforto e aconchego emocional? Pois... ambos se acomodam, porque é confortável, e depois... apercebem-se e, como diz uma pessoa que conheço, é o fim do mundo em cuecas.

Pedras no caminho

Sinto que vivo num Big Brother e ninguém me diz, do género "Man on the moon". Por vezes achamos que há algo que só nós sabemos, é um segredo nosso. Mas depois... eis que surge alguém e aponta para a toca do coelho como quem diz: eu sei algo que tu pensas que eu não sei!!! Soa a estranho. E mais uma vez descobres uma pedra no teu caminho que não sabias que estava lá. Comparo isto a caminhar de noite por uma estrada com pedras de diferentes tamanhos. Se caminharmos sem cuidado acabamos por bater nas pedras. A diferença é que as pedras pequenas não fazem grande mossa enquanto que as maiores podem causar um grande sofrimento. Mas também há momentos em que um raio de luar pode iluminar um pouco a estrada, apenas o suficiente para vislumbrarmos as pedras à nossa frente. Esse meu raio de luar surgiu agora e tenho a tentação de o aproveitar para olhar para trás e tentar perceber onde bati... Tinha uma guia que me avisava das pedras, mas mesmo assim bati!
Podia culpá-la e dizer que não foi competente. Mas não estaria a ser justo pois fui eu que não ouvi. Agora que percebi a razão de ter batido sei que seria mais fácil caminhar no escuro pois iria saber ouvir o guia. Mas essa guia foi-se... talvez para nunca mais voltar.
No fundo sinto a necessidade de lhe pedir que se mantenha ao meu lado, e acredito que a nossa caminhada poderia ser mais fácil a partir do momento em que eu conhecesse as minhas pedras. Mas também sei que ao caminhar ao meu lado também ela bateu nos meus obstáculos. Não a censuro por não querer sofrer mais. Mas será que não merecíamos tentar?...

20/09/2007

"Boulevard Of Broken Dreams"

I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone

I walk this empty street
On the Boulevard of Broken Dreams
Where the city sleeps
and I'm the only one and I walk alone

I walk alone
I walk alone

I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I walk alone

Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah, Aaah-ah,
Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah

I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the border line
Of the edge and where I walk alone

Read between the lines
What's fucked up and everything's alright
Check my vital signs
To know I'm still alive and I walk alone

I walk alone
I walk alone

I walk alone
I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I walk alone

Ah-ah, Ah-ah, Ah-ah, Aaah-ah
Ah-ah, Ah-ah

I walk alone
I walk a...

I walk this empty street
On the Boulevard of Broken Dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'Til then I walk alone...

Como cheguei aqui

Estou num poço...
Foi a esta brilhante conclusão que cheguei nos últimos dias. Há momentos nas nossas vidas que nos podem traumatizar e deixar marcas. E as piores marcas são as invisíveis. Há algum tempo atrás a morte do meu pai colocou-me numa situação complicada a nível emocional. Entrei num turbilhão de sentimentos que ainda hoje não consigo definir. Mas se esses sentimentos são normais em tal situação, normal não é ficar dentro daquela espiral por tempos intermináveis... mas eu fiquei... qualquer coisa como 3 anos e meio!!! Ao lêr-se isto poder-se-ia pensar que já saí... mentira... continuo. A diferença é que agora tenho noção disso.
Durante todo este tempo vivi enclausurado sem ter noção disso. Deixei de comunicar com o exterior e não permiti que comunicassem comigo. Acabei por afastar quem me rodeava, principalmente quem mais me apoiou e mais significava para mim. Lixei tudo...
Eis então que acontece um terramoto na minha vida e percebo o que se passa. Tenho então noção da situação em que estou. Olho-me ao espelho e não me conheço...
O primeiro passo está dado. Reconheci que estou no buraco! Agora resta-me dar todos os outros passos necessários a recuperar quem era antes disto.
Manter uma relação a dois exige muitos sacrifícios. O amor tem que ser alimentado como a fornalha de um comboio a vapor. Mas para isso precisamos de nos entregar totalmente... o que é impossível estando dentro de um barril fechado!!! Saber escutar é essencial e saber falar, ainda mais... O maior dos meus erros foi, provavelmente, a falta de comunicação. Por isso perdi a pessoa mais importante da minha vida. Chegar a casa de "trombas" e não conseguir desabafar com a pessoa que amo não é propriamente algo de que me orgulhe.
Também aqui dei o um passo. Sinto uma vontade enorme de desabafar e falar tudo o que não disse antes. Tenho noção que agora encho os ouvidos e a paciência dos poucos amigos que me restam com desabafos, lamentações e dúvidas existenciais. Talvez por isso tenha sentido necessidade de criar este blog. Aqui espero ir colocando todos os meus pensamentos sob a forma de uma espécie de diário de bordo... Vai partir o navio.